A Perspectiva da Saúde Pública no Maranhão em entrevista com Alan Garcês

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Alan-Priscila Petrus

[dropcap]E[/dropcap]m dialoga com o possível pré-candidato da direita ao Senado pelo Maranhão, o Dr. Allan Garcês, que é coordenador da *UDM-UNIÃO DA DIREITA MARANHESE.* Médico formado há 25 anos e pós-graduado em Gestão de Saúde, procuramos saber dele se a Saúde no Estado pode melhorar e ele afirmou que sim. Acompanhe a entrevista, abaixo.

Codó Noticias Dr. Allan, sabemos que a saúde no Maranhão está doente, diríamos quase na UTI. Como o senhor ver está situação?

ALLAN GARCÊS: O que acontece na saúde do Estado é que não existe prioridade. Trata-se a saúde de forma equivocada. Sabemos que problema maior é de gestão, enquanto os gestores continuarem a ser pessoas que não tem ligação ou experiência técnica nenhuma na área da saúde, você não terá melhorias. Na gestão do governo passado foi a mesma coisa, o Secretário da Pasta não tinha formação na área da saúde. Pergunto a você, se teria coragem de viajar em um avião pilotado por um motorista de táxi, invés de um piloto de aeronave habilitado?

Codo Noticias Sabe-se que em nosso Estado existe 217 municípios. Como o senhor organizaria a Saúde para que ela funcionasse adequadamente?

ALLAN GARCÊS:Como já disse anteriormente, falta prioridades. O que é prioridade para a Saúde do Estado? Tratar doenças ou prevenir? Oferecer médicos ou criar melhores condições? Concentrar ou Expandir a saúde? Quais são as metas que se deseja alcançar para que se melhores os indicadores de saúde? A gestão em saúde pública não é simples, deve ser encarada como uma macro complexidade e ter em mente que é multifatorial, passando por questões de organização gerencial, estratégia, fator humano, recursos físicos, acessibilidade etc. Devemos também lembrar que em algumas cidades do interior a gestão municipal de saúde é plena, o que quer dizer isso? É quando o município tem uma autonomia financeira do fundo da saúde. Independente da gestão ser plena, nada impede que possa haver, por exemplo, uma responsabilidade compartilhada. A criação de um grupo de consórcio de cidades próximas compartilhando a saúde de suas cidades e a realização de convênios com hospitais, clínicas e laboratórios privados pode ser uma boa ideia.Codo Noticias Agora Doutor, para finalizar, nos diga o que o senhor defende para a Saúde Pública no Maranhão?

ALLAN GARCÊS: Primeiro eu defendo que o gestor seja alguém formado na área e que tenha no mínimo uma pós-graduação em Saúde Pública. Priorizar a Atenção Primária na prevenção das doenças, melhorando as condições de acessibilidade e saneamento básico. Criaria a Carreira Médica de Estado, nos moldes da que já existe para os Juízes no início de suas carreiras, que se iniciam residindo no interior com um bom salário e alguns incentivos, isso ajudaria a fixar mais o médico no interior, podendo até gradativamente substituir o Programa Mais Médicos com o passar do tempo, mas somente isso não é o suficiente, paralelo deve-se fixar o Piso FENAM e melhorar as condições estrutural, de material e medicamentos no local de trabalho. Também reforçaria as equipes multiprofissionais de Saúde da Família, a ESF – Estratégia de Saúde da Família é um programa fantástico que carece de prioridade para que funcione bem. Acabaria de imediato com as empresas atravessadoras “terceirizadoras” da saúde, desta forma daríamos mais transparência e evitaríamos desvios de recursos públicos, combatendo a chamada corrupção velada. A gestão por meritocracia é uma forma muito boa e eficiente de alcançar metas pelo reconhecimento.

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