Segundo o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), Thayná de Oliveira Ferreira mentiu na primeira vez na delegacia.
Rio de Janeiro – A babá do menino Henry Borel Medeiros, Thayná de Oliveira Ferreira, prestou depoimento à 16ª DP (Barra da Tijuca), nesta segunda-feira (12/4), por cerca de 7 horas.
Esta foi a segunda vez que a babá falou ao delegado Henrique Damasceno e a investigadores da 16ª DP.
No primeiro depoimento, que durou cerca de 4 horas, Thayná afirmou que a relação de Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida e do vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), com Henry era “normal” e que costumava dar banho na criança e nunca viu qualquer marca de violência no corpo de menino.
O delegado Antenor Lopes, diretor da Polícia Civil da capital, foi chamado na 16ª DP na início da noite desta segunda-feira (12/4) e afirmou que o objetivo principal desse novo depoimento de Thayná é descobrir o porquê que ela mentiu na primeira oitiva.
Segundo o delegado, a babá não será punida por ter feito falso testemunho, já que ainda há tempo para a jovem contar a verdade. “Já sabemos que ela mentiu. Agora resta saber se foi por medo ou se foi paga por isso”, afirmou.
Para o delegado Henrique Damasceno, Thayná mentiu. “O depoimento dela foi longo, ela disse que a relação era harmoniosa. As circunstâncias serão investigadas”, explicou o titular da 16ª DP na coletiva de imprensa após a prisão de Monique e Jairinho.
Uma conversa, do dia 12 de fevereiro, entre a mãe do menino e a babá foi fundamental para a investigação da morte de Henry. No diálogo, fica claro a rotina de violência do padrasto no garoto.
“Em um dos laudos do telefone da mãe, encontramos prints de conversa entre as duas. É uma conversa da mãe e babá relatando uma rotina de violência.
A babá fala que Henry relatou que levou uma banda do padrasto”, disse o delegado.
Entenda o caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram o fim de semana anterior normal.
Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso.
O menino morreu às 5h42, segundo registro policial registrado pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.
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