Diretora reclama de cabelo e impede matrícula de criança em escola no MA

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B.O registrado pelo pai da criança diz que a escola se recusou a matricular o menino por ele ser afrodescendente e autista — Foto: Reprodução/TV Mirante
B.O registrado pelo pai da criança diz que a escola se recusou a matricular o menino por ele ser afrodescendente e autista — Foto: Reprodução/TV Mirante
De setembro de 2018 até março deste ano, 10 crimes de racismo foram registrados no Maranhão, segundo a Secretaria de Estado da Igualdade Racial. Nesse período, esse é o primeiro envolvendo uma criança e, por isso, deve ir para a delegacia especializada.
São José de Ribamar- Priscila Petrus

Se for caracterizado crime racial, se a investigação comprovar, deve ser encaminhado para a DPCA (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente). Quanto a conduta, a pena pode ir de um a cinco anos de reclusão, inafiançável”, declarou o delegado Agnaldo Timóteo, da Delegacia de Combate a Crimes Raciais.

Felipe é negro e tem cabelos crespos. Pais dizem que a diretora da Escola Profª Augusta Maria Costa Melo impediu a matrícula por ele ser afrodescendente. — Foto: Reprodução/TV Mirante
Felipe é negro e tem cabelos crespos. Pais dizem que a diretora da Escola Profª Augusta Maria Costa Melo impediu a matrícula por ele ser afrodescendente. — Foto: Reprodução/TV Mirante
De acordo com os pais, a criança não terá o cabelo cortado. Por outro lado, ele está ansioso para voltar às aulas em uma nova escola.

O ano letivo já se iniciou, as escolas já estão bem adiantadas com relação ao ensino dentro da sala de aula. Estamos agora aguardando para ver o que nós iremos fazer com relação a situação escolar do Felipe”, disse Joselma.

Pais da criança dizem que não vão cortar o cabelo dele, mas ainda buscam formas de fazer o filho voltar às aulas — Foto: Reprodução/TV Mirante
Pais da criança dizem que não vão cortar o cabelo dele, mas ainda buscam formas de fazer o filho voltar às aulas — Foto: Reprodução/TV Mirante
O G1 não conseguiu contato com a diretora da escola. A Secretaria Municipal de Educação de São José de Ribamar (SEMED) disse que abriu processo administrativo para apurar os fatos e tomar as providências. A SEMED afirmou ainda que não será tolerada qualquer atitude racista na escola, que a criança tem vaga garantida e que aguarda os pais para efetivar a matrícula do menino.

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