Do abandono ao reconhecimento nacional: Ação “Capelinha de São Benedito” é agraciada com premiação nacional pelo Iphan

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A ação “Capelinha de São Benedito”, foi agraciada com o Prêmio nacional Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na última sexta-feira (10), em Brasília.

Quem circula pelo Centro Histórico pela primeira vez, pode não imaginar que o local onde se encontra, atualmente, a “Capelinha de São Benedito”, na praça da Faustina fora, um dia, uma área onde se depositava lixo e que ilustrava o abandono de um espaço do patrimônio tombado da região.

Preservada a partir da realização de diversas ações, a Capelinha de São Benedito dá nome à ação agraciada na 34ª edição do Prêmio Nacional Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Iphan.

O Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade é de caráter nacional e promovido, anualmente, pelo Iphan desde 1987. É uma premiação que reconhece ações de preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro, levando em consideração a sua originalidade, criatividade, relevância e caráter exemplar.

As atividades que integram a ação Capelinha de São Benedito foram idealizadas por Carla Belfort, conhecida popularmente como Carla Coreira, produtora cultural, devota e brincante da cultura popular, filha de mestra do Tambor de Crioula. Entre as atividades desenvolvidas no âmbito dessa ação, destaca-se a oficina “Mulheres que dão no Couro”, reunindo sobretudo mulheres para dançar e tocar o tambor, evidenciando e reforçando a presença feminina no Tambor de Crioula. Além disso, Carla organiza rodas de Tambor, ministra oficinas, homenageia Mestres e Mestras e realiza apresentações com participação dos grupos locais.

Eu estou super feliz com o resultado desse prêmio e a valorização do patrimônio que a gente vem mantendo na Praça da Faustina. O objetivo é zelar, amar, cuidar e fazer com que a praça vire um ponto de cultura, fazendo oficinas para a comunidade. Eu estou muito feliz, só tenho a agradecer. Estamos tão feliz que faremos uma roda de comemoração no dia 18 na Praça, o Iphan me ajuda demais”, comemorou Carla.

Desenvolvendo ações do Tambor de Crioula em uma área tombada do patrimônio histórico de São Luís, o trabalho realizado por Carla Coreira também se converteu, na prática, como principal trunfo para a revitalização da área antes abandonada.

A Capelinha tornou-se, então, um potente espaço de práticas de valorização do patrimônio cultural e serve de referência local para encontros de grupos da cultura popular e de seus detentores, democratizando a cultura e fortalecendo a articulação entre os grupos que lá se encontram regularmente e o uso do espaço.

Até o momento, estima-se que mais de três mil pessoas já passaram pelas oficinas de Tambor de Crioula e Toque de Caixa do Divino.

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