Espancamento de Elaine Caparroz foi premeditado, afirma polícia

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Elaine Caparroz e Vinicius Serra

[dropcap]A[/dropcap]polícia] confirmou que o espancamento e a tentativa de feminicídio da paisagista Elaine Caparroz, 55, foram atos premeditados. O inquérito referente à prisão em flagrante do agressor Vinícius Serra foi encerrado nesta segunda (25).

De acordo com Adriana Belém, delegada titular do 16º DP do Rio, onde o caso está correndo, afirmou que seu objetivo agora é esclarecer a motivação do crime. Há a chance de ter ocorrido por vingança.
“Ele [o agressor] solicitou a amizade dela no Instagram quando o filho, que mora fora do país, postou uma foto com ela. Ela ganhou muitos seguidores e, a partir daí, esse contato começou, em julho”, afirma Belém.

A delegada acrescenta ainda que a investigação deu conta de que, durante a agressão, Vinícius mordia a vítima, arrancava pedaços do corpo dela e, na sequência, cuspia.

“Eu acho que uma pessoa como ele não pode conviver em sociedade”, concluiu a delegada.

Já Elaine, deixar a delegacia, agradeceu aos policiais e civis que a resgataram, além dos médicos que cuidaram dela. Fez, também, um apelo para que Justiça seja feita no caso.

“Espero de coração que isso mude no Brasil e que a Justiça possa dar uma atenção maior, para que a gente possa combater esse tipo de crime e evitar que esses delinquentes fiquem soltos e não paguem, que tenham penas mais rígidas. Não adianta nada você denunciar e depois eles saem, com convívio normal, e depois voltem a cometer novos crimes”, disse Elaine.

Entenda o caso
A empresária foi encontrada desacordada por policiais militares dentro do próprio apartamento após vizinhos ouvirem gritos de socorro e chamarem o zelador. A vítima contou que conversou com o agressor durante 8 meses até marcarem um encontro. Os dois dormiram e, segundo Elaine, ela acordou com socos desferidos por Vinícius, que ainda tentou dar uma “gravata” nela.

Elaine foi levada em estado grave no Hospital Lourenço Jorge, na Barra, e, em seguida, transferida para uma unidade particular. Rogério Peres afirmou que ela teve o nariz fraturado, maxilar e dentes quebrados.

Vinícius se identificou como “Felipe” ao porteiro, nome que ficou preenchido na folha de controle de entradas do condomínio, localizado na Zona Oeste do Rio. A informação foi passada pelo irmão da vítima, Rogério Peres, que teve acesso ao documento que registra as entradas no local.

Ele também ameaçou funcionários do prédio que foram pedir para que o casal parasse de brigar, segundo Rogério. “Entra então aqui para você ver o que acontece”, teria dito o agressor a um zelador.

A princípio, vizinhos acreditaram que tratava-se de uma confusão entre os dois, mas somente quando os gritos de socorro ficaram mais altos é que o porteiro foi chamado. Seguranças foram até o local e já encontraram a porta entreaberta e a mulher deitada em uma poça de sangue.

“Pegaram o Vinicius já na portaria, onde ele foi algemado pela polícia e preso em flagrante”, afirmou Rogério.

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