Governo oferta cloroquina para tratamento de pacientes leves com Covid-19

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A Secretaria de Estado da Saúde inseriu um novo protocolo medicamentoso para tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19 que estão com sintomas leves. A medida contempla pessoas com comorbidades, sem doença cardíaca, do 1º até o 5º dia de infecção do vírus. Orientado pela comunidade científica, o protocolo consiste em um kit de fármacos que combinam Hidroxocloroquina, Azitromicina, um corticoide, vitaminas C e D, além de remédios para febre e dores, como paracetamol e dipirona.

Desde a última terça-feira (12), O Ambulatório de Covid-19 do Hospital Dr. Carlos Macieira utiliza o protocolo.

“Estamos recebendo os pacientes na fase inicial da doença, com sintomas leves, oriundos das Unidade de Pronto Atendimento (UPAS) e que possuem comorbidades tais como pressão alta, diabetes, entre outras. Aqui o paciente passa por criteriosa avaliação médica e realiza o exame de eletrocardiograma, para assim receber o kit.

Os pacientes são informados da reação adversa e os que querem, levam o kit para tratamento em casa”, explicou o diretor geral do Hospital, Edilson Medeiros.

O ambulatório já recebeu cerca de 150 pacientes que foram encaminhados pelas UPAS de São Luís.  O transporte desses pacientes é feito em vans próprias para essa assistência.

O ambulatório funciona de domingo a domingo, de 8h às 18h.

Diabético e hipertenso, Márcio Veras, de 50 anos, esteve entre os primeiros pacientes atendidos pelo novo serviço. “Eu sai do trabalho com muita dor de cabeça, coriza, garganta inflamada e fui direto para UPA do Vinhais.

Depois de uma avaliação, me enviaram para o ambulatório do Macieira. O atendimento foi excelente. Fizeram exames detalhados e depois de saber que 25% do pulmão estava comprometido e um exame de coração apontou alteração, passaram para mim a Azitromicina”, contou.

O médico Rodrigo Lopes, assessor especial da SES, ressalta que estudos recentes mostraram que o uso combinado dos fármacos Hidroxicloroquina + Azitromicina na fase mais grave e moderada da doença não possuía comprovação de sua eficácia. “Hoje as discussões são entorno do uso precoce dessa medicação para pacientes com sintomas leves e na fase inicial da doença, por isso o Maranhão, assim como outros estados, vem adotando o uso desse kit, na fase inicial da doença – principalmente nos grupos de risco, desde que com criteriosa avaliação do paciente e aceitação do mesmo em tomar a medicação”, explicou o médico.

No Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde recomendou  o uso da cloroquina e hidroxicloroquina para tratamento dos pacientes com Covid-19, desde o início do atendimento aos casos na rede pública estadual. Apesar de já ser usada há bastante tempo para tratamento de malária e outras doenças reumatológicas, por exemplo, a Hidroxicloroquina possui efeitos colaterais como qualquer outra medicação.

“Um pequeno grupo de pacientes pode apresentar problemas cardiológicos, oculares, por exemplo, por isso o uso precisa ser monitorado. A população não deve fazer o uso dessa medicação sem receita e monitoramento médico, pois existe um risco. O ideal é que o paciente não tenha doenças cardíacas, mas somente o médico pode fazer essa avaliação”, ressaltou Rodrigo Lopes.

Outras unidades

Alem do Ambulatório de Covid-19 do Hospital Dr. Carlos Macieira, as UPAS e o Hospital da Vila Luizão também fornecem o kit para dispensação aos pacientes com sintomas leves de Covid-19, com a devida recomendação médica.

A Secretaria de Estado da Saúde ampliará o protocolo para outras unidades da rede de gestão estadual nas demais regiões.

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