[dropcap]T[/dropcap-]em um velho ditado que diz que o “desprezo é uma maneira eficaz de evitar não só uma série de pessoas que não nos agregam nada, mas que também nos prejudicam”.
A expressão que faz parte das letras das músicas “Notificação Preferida” e “Largado às Traças”, da dupla sertaneja Zé Neto e Cristiano, pode ser usada perfeitamente para definir o advogado Pedro Alencar, atual vice-presidente da Seccional Maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA), que desistiu de ser candidato à presidência da entidade, para apoiar a pré-candidatura do colega Carlos Brissac.
Brissac é apoiado pelo grupo do advogado Mário Macieira, do qual Pedro Alencar ajudou a derrotar em 2014. Antes de desistir da disputa, Alencar tentou assumir a presidência da OAB-MA de duas formas: tentou articular um “golpe” para ocupar o lugar do presidente Thiago Diaz, mas não teve sucesso em seu intento; e depois montou o grupo ‘União & Força’ para entrar na disputa da entidade, mas a fama de ‘golpista’ acabou lhe prejudicando na formação da chapa que iria concorrer ao pleito.
Ao aceitar a composição com Brissac, Alencar se mostra um homem com um comportamento completamente duvidoso, esquecendo toda a sua ideologia que vem pregando ao longo do tempo e resolve se unir ao grupo que tanto criticou pregando justamente uma “renovação”.
E como diz a letra da música “Notificação Preferida”, a renovação de Alencar “foi, mas não é mais”. Talvez porque “já doeu, mas hoje não dói mais, pois de tanto dizer isso ou aquilo, agora tanto faz”.
A situação do líder do grupo ‘União & Força’ lembra a letra da música “Largado às Traças”, pois a decisão dele, segundo se comenta nos bastidores, não agradou a maioria do seu grupo que agora resolveu deixá-lo caminhando sozinho.
O racha, ao que parece, dá a entender que o “orgulho caiu quando subiu o álcool”. E, pra piorar, Alencar parece ter contraído a Síndrome de Estocolmo: apaixonou-se por seus captores, antes opositores.