“Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e se arrependeu?”, diz Bolsonaro sobre Geisel

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Bolsonaro-Priscila Petrus

[dropcap]P[/dropcap]ré-candidato ao Palácio do Planalto, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ironizou nesta sexta-feira (11), em Belo Horizonte, o relatório da CIA (Central Intelligence Agency, na sigla em inglês), divulgado ontem, relatando que o então presidente da República, general Ernesto Geisel (1907-1996), mandou matar opositores do regime militar durante seu governo, entre 1974 e 1979.Bolsonaro-Priscila Petrus

Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e, depois, se arrependeu?”, disse o pré-candidato em entrevista à Rádio Super Notícia, da capital mineira.

“O que pode ter acontecido com este agente da CIA? Quantas vezes você falou num canto ali que tem que matar mesmo, tem que bater, tem que dar canelada? Ele (o diretor da CIA, que fez o relatório) deve ter ouvido uma conversa como esta, fez um relatório e mandou. Agora, cadê os 104 mortos?”, afirmou Bolsonaro.

Capitão reformado do Exército, o deputado relacionou a divulgação da informação à sua campanha, dando a entender que a denúncia teria sido feita para atingir à sua pré-candidatura às eleições de outubro.

“Cortaram na carne. Um capitão está para chegar lá. É o momento. Foi o memorando de um agente, que a imprensa não divulgou. É um historiador que diz que leu isso e não mostrou.”

Bolsonaro ainda citou o jornal O Globo, do Rio de Janeiro, durante sua entrevista à rádio Super Notícia, para criticar a imprensa.

“No jornal O Globo de hoje (11), eles falam que seis agentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) teriam sido executados em Pernambuco.”

“Por que O Globo não falou que a mesma VPR, em 1970, que tinha como líderes Carlos Lamarca e Dilma Rousseff, executaram em cativeiro nas matas do Vale do Ribeira o tenente Alberto Mendes Junior, de 23 anos de idade, da Força Pública?”.

“Era o espírito daquela época. Quando pegava alguém, você arrebentava. Você vai no mini-manual de guerrilha do Marighella, que é ídolo deles lá…”, afirmou.

Autorização para executar opositores.

 

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