Alternativa ao antigo Twitter, rede social criada por Jack Dorsey registra 1 milhão de novos usuários em três dias e conquista brasileiros com recursos semelhantes.
Com a suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil, a rede social Bluesky experimentou um crescimento expressivo de usuários nos últimos dias. Segundo um comunicado emitido na noite de sábado (31), a plataforma alcançou a marca de 1 milhão de novos usuários em apenas três dias, destacando-se como uma alternativa popular para quem busca um espaço de interação semelhante ao Twitter.
Com a migração de usuários brasileiros, a equipe do Bluesky, até então com comunicações majoritariamente em inglês, começou a interagir em português. Mensagens como “Brasil, você está estabelecendo novos recordes de atividade no Bluesky” e “Agora, este é um aplicativo brasileiro” foram publicadas no perfil oficial, demonstrando a acolhida da nova base de usuários.
Criado por Jack Dorsey, fundador e ex-CEO do Twitter, o Bluesky se apresenta como uma rede social “descentralizada” e de código aberto, permitindo maior controle dos usuários sobre seu consumo de conteúdo e possibilitando integração entre diferentes plataformas. Suas funcionalidades são muito semelhantes às do Twitter, como seguir outros perfis, pesquisar contas, e visualizar atualizações em uma linha do tempo. A inscrição é simples e gratuita, podendo ser feita diretamente pelo site ou aplicativo, disponível para Android e iOS.
Embora o Bluesky esteja sendo bem recebido, usuários brasileiros apontam algumas limitações da plataforma, como a ausência da função de criação de “threads”, que são sequências de publicações sobre o mesmo tema.
Além do Bluesky, outras redes sociais estão ganhando força no Brasil, como o Threads, vinculado ao Instagram e controlado pela Meta. Essa nova onda de adesão a outras plataformas ocorre após o bloqueio do X no Brasil, decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira. O bloqueio ocorreu devido ao descumprimento de uma decisão judicial anterior pelo proprietário do X, Elon Musk, que não nomeou um representante legal no Brasil.