Peritos criminais da Polícia Científica do Estado do Pará (PCEPA) participaram de uma reprodução simulada do suposto suicídio da empresária maranhense Verônica Zanoni, de 28 anos, ocorrido em 23 de dezembro de 2023, no município de Parauapebas, no sudeste do vizinho estado do Pará. A simulação foi solicitada pelo Ministério Público estadual, com o objetivo de elucidar questões que envolvem a investigação.
Além dos quatro peritos criminais da PCEPA, houve a participação de agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar na reprodução simulada da morte de Veronica, que era casada e deixou dois filhos menores.
Após a necropsia no corpo da vítima, o laudo atestou sinais de estrangulamento, ao invés de suicídio, diante disto, a Polícia Científica foi requisitada pelo Ministério Público para realizar a reprodução simulada. A simulação ocorreu nos fundos da loja em que Verônica tinha com seu esposo, Ariel Zanoni, onde a vítima foi encontrada sem vida.
A dinâmica da ação foi realizada após informações levantadas pela Polícia Científica a partir das fotografias feitas no dia do ocorrido. “Para a dinâmica, amarramos uma corda idêntica à encontrada no mezanino do local, como verificamos nas fotografias, e utilizamos um boneco para tentar simular o suposto suicídio e analisar a situação“, afirmou o perito criminal José Augusto Andrade.
Além disso, a dinâmica também foi realizada em um supermercado da região, local em que o marido da vítima relatou que esteve uma hora antes de encontrá-la morta. “Fizemos todo o trajeto: saímos da loja em que ele trabalhava, fomos ao supermercado, passamos pelo caixa e caminhamos até o carro, voltando à loja o qual era dono, para cronometrar o tempo de deslocamento“, explicou o perito.
A reprodução durou cerca de quatro horas e meia, iniciando com o depoimento do esposo da vítima. “Ele montou a cena do fato conforme o seu relato, sem nossa interferência e sem a interferência do advogado“, afirmou o perito. Um dia antes do exame acontecer, os peritos realizaram uma visita técnica ao local do crime para um levantamento de informações necessárias para o exame acontecer. “Nós fizemos as medições do ambiente para realizar um desenho técnico da área onde ocorreu o fato“, disse.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Polícia Científica do Estado do Pará (PCEPA)