Brasil e EUA fecham acordo para o uso da base de lançamento de Alcântara

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O senador Roberto Rocha, que esteve presente na cerimônia e disse que o acordo não fere a soberania nacional

[dropcap]O[/dropcap] presidente Jair Bolsonaro, os ministros de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Marcos Pontes, e das Relações Exteriores, Ernestou Araújo, assinoram nesta segunda-feira  o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), que permite aos Estados Unidos e outras nações lançar satélites a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.

O secretário assistente do Escritório de Segurança Internacional e Não Proliferação do Departamento de Estado, Christopher Ford, assinou representando os EUA.

O entendimento permitirá a presença de estrangeiros na base militar, mas corrige pontos controversos sobre a soberania nacional que levaram o Congresso a congelar a aprovação do primeiro acordo do tipo, firmado em 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso.

Desta vez, brasileiros, como policiais e bombeiros, terão acesso a uma área restrita onde os técnicos americanos trabalharão, cumprindo a condição imposta pelas próprias Forças Armadas. O ponto-chave que levou ao fracasso do entendimento anterior foi o estabelecimento de uma área segregada, onde nenhum brasileiro poderia entrar — na prática, uma cessão de território.

O senador Roberto Rocha, que esteve presente na cerimônia, escreveu em seu twitter que o acordo não fere a soberania nacional:

O deputador Márcio Jerry também disse em seu twitter que irá acompanhar a implantação do acordo.

Ao fim desse processo, a ideia é que Brasil e EUA abram uma parceria para o desenvolvimento conjunto de tecnologias para o lançamento de satélites numa base considerada estratégica por sua posição geográfica próxima à linha do Equador.

Outra novidade é que as receitas com a exploração internacional de lançamentos na base poderão financiar o programa espacial brasileiro, o que não estava previsto no acordo anterior. Contudo, os recursos não podem alcançar o programa de lançadores, que envolve “tecnologia dual”, ou seja, também serve para o desenvolvimento de mísseis.

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