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Depois de uma grande repercussão nas redes sociais da denúncia de Mayara Taygre sobre a morte da própria filha, o UPC Hospital Pediátrico foi alvo de uma fiscalização da Vigilância Sanitária e Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon/MA).
Durante a vistoria, a equipe de fiscalização encontrou diversas irregularidades que comprometem a segurança e o bem-estar dos pacientes. Entre as não conformidades identificadas estavam a obstrução de extintores de incêndio, banheiros sem acessibilidade adequada, bebedouros sem documentação das manutenções realizadas, infiltrações nas instalações e problemas graves na cozinha, como alimentos sem data de abertura, fora da validade e caixas armazenadas diretamente no chão.
Outro ponto crítico observado foi a falta de regularização em relação ao Registro de Qualificação de Especialista (RQE) dos profissionais da unidade. Apesar da solicitação da equipe de fiscalização, foram apresentados documentos de apenas alguns médicos, o que levanta preocupação quanto à qualificação dos profissionais em atividade.
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O hospital tem um prazo de 20 dias para apresentar as devidas adequações e correções das irregularidades apontadas.
Entenda o Caso
Mayara Taygre usou as redes sociais para denunciar que a Sofia foi fazer uma cirurgia para retirada de amígdalas e adenoide em 16 de janeiro deste ano. No dia seguinte, a criança teve alta médica, mas começou a passar mal e vomitar sangue. A criança retornou ao hospital, foi medicada e a mãe foi informada que essa reação era normal.
“Voltamos para casa e lá começou tudo de novo, retornamos ao hospital, a médica falou a mesma coisa, eu e o pai de Sofia nos recusamos a voltar para casa, então pedimos para internar, na madrugada do dia 18.01 foi aterrorizante, Sofia teve uma crise no hospital UPC e todos ficaram assustados com a quantidade de sangue, mas a médica quando chegou no hospital disse que era normal, mesmo minha filha estando pálida e fria”, declarou Taygre na rede social.
A criança não resistiu e veio a óbito. O Conselho Regional de Medicina (CRM) abriu uma sindicância para apurar o ocorrido, mas informou que o processo segue em total sigilo para garantir a confiabilidade e confiança.
Esclarecimento da UPC
Em nota, o UPC Hospital Pediátrico informou que foi feita a adenoamigdalectomia, uma cirurgia realizada na região da garganta, após visita médica e de enfermagem, e dadas as devidas orientações pós-cirúrgicas, a paciente recebeu alta hospitalar no dia seguinte às 08h35.
Às 10h40 do mesmo dia da alta, a paciente retornou ao hospital com o quadro de sangramento, tendo a mãe relatado que deram à menor, sem orientação médica, refrigerante e pipoca logo após a saída do hospital. Às 11h35, a paciente mantinha-se estável, com os sinais vitais sem alteração, sob vigilância e recebendo medicações.
Na madrugada, apresentando novo episódio de sangramento, a médica plantonista solicitou a presença da médica que realizou a cirurgia para avaliar a paciente. Em seguida, a médica chega ao hospital, faz a reavaliação e lhe prescreve o que reputa adequado e ela se mantém estável.
Ocorre que, por volta das 04h30, os responsáveis solicitam a transferência de unidade hospitalar e se dá início a toda rotina para a alta pedida, vez que não era orientação da UPC transferir a paciente, sem que as habituais cautelas tenham sido tomadas, a exemplo do transporte via ambulância.
Todavia, às 04h55, os responsáveis evadiram-se da UPC e foram para o Hospital da Criança, onde a paciente permaneceu internada por cerca de 2 dias até o óbito.