A polícia investiga o caso em que imagens da advogada Mariana Maduro, de 33 anos, e de uma amiga foram gravadas por dois homens enquanto elas faziam acrobacias.
Um dos homens faz gestos de cunho sexual ao filmar as mulheres com o celular.
O outro homem que registra as cenas é Ricardo Roriz, que conversa nos áudios das gravações com um segundo homem identificado como “Celsão”.
No diálogo, ouvem-se falas como “Eu gosto pra ‘blau blau blau’ [afirmação com gesto obsceno].”
A advogada Mariana Maduro, em entrevista ao portal G1, contou que ficou muito abalada psicologicamente quando descobriu que o vídeo circulava pelas redes sociais de Ricardo Roriz, que contabiliza mais de 300 mil seguidores em suas contas.
“Quando eu cliquei, eu só comecei a vomitar, não conseguia parar de vomitar”, disse Mariana, uma das mulheres que faziam ioga e foram filmadas e expostas nas redes sociais.
“A cena é muito grotesca, muito violenta. Vendo aquilo, os comentários. Como eu sou advogada, eu pensei: ‘Preciso ter o mínimo de pensamento cognitivo para salvar esse vídeo, printar esses comentários horrorosos’. Porque isso não pode ficar desse jeito. Uma pessoa não pode me expor dessa forma. Eu compartilhei com minha amiga e ela também ficou assustada.”
A advogada afirmou ainda que teve a sensação de virar “um filme pornô, do dia para a noite”. E que não mais praticará ioga, hábito que tinha adotado para combater sinais de depressão durante a pandemia.
Mariana Maduro informou que fez registro na 12ª DP de Copacabana por perturbação da tranquilidade. E que entrará com processo contra os dois homens nas esferas cível e criminal.
Segundo a delegada que acompanha o caso, Valéria Aragão, os responsáveis pelas filmagens já foram identificados e intimados para prestar depoimento.
Procurado pelo portal G1, Ricardo Roriz não quis comentar o episódio das mulheres que praticavam ioga e foram expostas nas redes sociais.
Ele disse que apagou as publicações após a reclamação da advogada.
Tipos de violência contra a mulher
1. Violência Física
Causa danos ao corpo da vítima, os danos podem ser causados através de socos, tapas, chutes, amarrações, etc. Em 2006 foi criada a Lei Maria da Penha que tem o propósito de diminuir a violência doméstica e familiar contra a mulher. São registradas mais de 50 ligações por dia, mas é de conhecimento que o número de casos de violência física contra a mulher é muito maior e que muitas acabam não denunciando seus agressores por medo e por vergonha.