[dropcap]M[/dropcap]ulher suspeita de receber aluguéis dos moradores do prédio que desabou prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (9). Nireudes de Jesus Oliveira chegou ao 3º DP em um carro policial. Ela negou cobrar taxa e disse que na hora do incêndio caiu, desmaiou, e só soube no dia seguinte que o prédio tinha desabado.
Nil, como é conhecida, era apontada por moradores do prédio como uma das coordenadoras da ocupação. Acima dela estariam Ananias dos Santos, que foi ouvido na última sexta-feira, e Hamilton Rezende, que é genro dela.
Ela afirmou que é uma moradora e que no dia do incêndio estava no mesanino, que é um andar acima do nível da rua. Nil relatou que acordou assustada, saiu correndo, bateu a cabeça, desmaiou e a partir daí não sabia mais o que havia acontecido.
Ela soube no dia seguinte que o prédio tinha desabado e que havia pessoas mortas.
Nil negou a cobrança de taxa, apenas uma manutenção do prédio. Afirmou ainda não acreditar que tenha ocorrido um curto-circuito.
“Tinha um grupo de mulheres que se sentava e falava a respeito da taxa. Era para manutenção de banheiro, chuveiro e uma pia. Era uma contribuição para nós comprarmos o material para os banheiros”, afirmou.
Ela disse que não cobrava e não havia taxa de até R$ 400. Negou ainda que quem não pagasse seria expulso do prédio.