Maranhão

Prefeita de Zé Doca contrata Manu Batidão por R$ 450 mil para cantar no São João da cidade

Contratação do show se deu por inexigibilidade de licitação, sob a justificativa de que é um serviço especializado

A prefeita de Zé Doca, Flavinha Cunha (PL), volta a promover um ato polêmico em sua gestão envolvendo a realização de evento artístico-cultural na cidade. Desta vez, a sobrinha do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) contratou, pela bagatela de R$ 450 mil, com inexigibilidade de licitação, a cantora Manu Batidão para se apresentar no São João da cidade. Em janeiro deste ano, o anúncio feito por Flavinha Cunha de que realizaria um festival gospel, em vez da tradicional programação carnavalesca, ganhou ampla repercussão nacional.

Prefeita de Zé Doca contrata Manu Batidão por R$ 450 mil para cantar no São João da cidade

 

De acordo com o termo de homologação de inexigibilidade de licitação, publicado no Diário Oficial do Estado, caderno Terceiros, no último dia 27 de maio, o show de Manu Batidão em Zé Doca está marcado para 28 de junho. Ainda segundo o documento, a apresentação terá duração de duas horas.

 

Ato confuso

 

No mesmo ato de homologação da inexigibilidade de licitação, consta que a cantora também se apresentará no evento em comemoração ao Dia das Mães, na mesma data do show de São João (28 de junho). A julgar pela coincidência de data, é improvável que sejam dois shows.

O referido contrato, assinado pelo secretário municipal de Cultura, Michael Alves Ribeiro, terá vigência de três meses e poderá ser prorrogado, em conformidade com a lei. A inexigibilidade de licitação foi definida sob a justificativa de que o show é um serviço especializado.

Cachê maior do que em São Luís

Manu Batidão foi uma das atrações do Carnaval promovido pela Prefeitura de São Luís em 2024. Segundo informações divulgadas à época pelos meios de comunicação, o cachê pago pelo prefeito Eduardo Braide à artista foi de R$ 300 mil, 50% menor do que o valor que ela receberá em Zé Doca.

O show na capital gerou polêmica, pois, entre uma música e outra, a cantora proferiu palavrões e outras expressões impublicáveis, fez apologia a criminosos e abusou das performances eróticas no palco. Em um dos momentos mais vulgares, simulou uma ejaculação, utilizando uma mangueira, com a qual “jorrou” um feixe de luz em direção ao público.

Via blog do Jornalista Daniel Matos

Priscila Petrus

Jornalista, Pós Graduada em Políticas Públicas, Tráfego Pago.

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