[dropcap]O[/dropcap] jogador Ronaldinho Gaúcho foi campeão da Champions no dia 17 de maio de 2006, data em que o Barcelona venceu o Arsenal por 2 a 1 no Stade de France, gol de Beletti. Na noite seguinte, o irmão e agente do melhor jogador do mundo, eleito pela Fifa nos dois anos anteriores, jantou em Paris com dirigentes do Grêmio. Quem estava na mesa espantou-se com uma frase dita no ápice da emoção: “Agora, meu irmão vai escolher seus jogos.”
Como estávamos a 25 dias da estreia da seleção na Copa do Mundo é justo ouvir uma observação de um dos dirigentes gremistas à mesa, naquela noite: “É brincando que se diz muitas verdades.”
Ronaldinho jogou muito bem no Atlético-MG, mas nunca mais foi o mesmo. É o maior desperdício de talento deste século no futebol mundial. Mas não o único. Adriano Imperador é outro que desistiu cedo demais.
O Brasil representa 10% dos jogadores escalados nas oitavas de final da Champions League, mas também é o país que mais desperdiça talentos que ficam ricos cedo demais. Os craques que Muricy definia, dez anos atrás, que chegavam aos profissionais com dois celulares e carro do ano. Nenhum daqueles virou craque.
Messi tem o celular que quiser, a mulher que desejar, o carro que preferir e joga bem (quase) todo jogo há 13 anos. Aquele jantar em Paris indica que Ronaldinho é mais Macunaíma e Messi, argentino que vive na Espanha, se parece com o comercial em que o brasileiro não desiste nunca.
O PACTO DO FUTEBOL
Quando a CBF se preocupa em propor mudanças favoráveis ao desenvolvimento técnico, os clubes rejeitam. A proposta de limitar a uma mudança de treinador por temporada do Brasileiro era até tímida.
Deveria ser como na Itália, onde não se pode contratar treinador de Série A se demitir durante o campeonato. Mudar técnico não é a única medida para melhorar o nível técnico do campeonato, mas é uma delas. Quanto mais se investir em manutenção de elencos e de comissões técnicas maior a possibilidade de ter times mais sólidos.
A CBF admite a chance de fazer reuniões de avaliação depois de cada Brasileiro. Um campeonato é como uma plantinha, que precisa ser regada a cada dia. Foi assim que a Premier League subiu de nível ano após ano e o Campeonato Espanhol passou a ser conhecido como La Liga.
Do Blog do PVC
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