Estudantes da rede municipal aprendem sobre práticas restaurativas e cultura de paz

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Prefeitura-Priscila Petrus

[dropcap]P[/dropcap]refeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou, nesta quinta-feira (10), a segunda etapa da formação de práticas restaurativas para estudantes da Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Santa Clara. A formação integra o projeto Operários da Paz: Viver em Paz é Possível, que visa a construção de um ambiente pacífico e acolhedor, indispensável para o processo de ensino e aprendizagem e para lidar de forma saudável com situações conflituosas.Prefeitura-Priscila Petrus

A iniciativa, que conta com a parceria do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de São Luís (CMDCA-SL), beneficia mais de cinco mil estudantes da rede pública da Educação Infantil, Fundamental e a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O projeto contempla as U.E.Bs. Cidade Olímpica, Galileu Clementino, Santa Clara, Roseno de Jesus, Ribamar Bogea (Sede) e os Anexos I, II e III. As formações acontecerão em cada uma das escolas em atividades no contraturno dos estudantes. O secretário de Educação, Moacir Feitosa, ressalta que, para fomentar uma cultura de paz, é necessário modificar o pensamento e a ação das pessoas. “O caminho para chegar a uma sociedade onde as relações interpessoais são pacificadas é o respeito. Respeitando o outro, aceitar suas diferenças, opiniões, espaços e opções é a base da cultura de paz”, destacou o secretário.

As práticas restaurativas são diferentes ferramentas que possibilitam um espaço de diálogo, contribuindo de forma efetiva para a construção de senso comunitário – entre comunidade escolar, estudantes, pais, professores, coordenadores escolares e gestores – reparação de danos, restauração de vínculos, promoção de responsabilizações e permitindo integração e pacificação.

A coordenadora do projeto Operários da Paz, Solange Castro Cordeiro, explica que o grupo de estudantes do 6°, 7º e 8º ano, serão multiplicadores que irão disseminar cultura de paz na escola e no território local de cada unidade de ensino. “A primeira formação aconteceu para os adultos. Agora, as crianças estão participando do mesmo processo com a introdução das práticas restaurativas e a construção do Círculo Restaurativo como mecanismo alternativo de resolução de conflitos”.

Samyla Nayli da Silva de Lima, 13 anos, estudante do 7º ano da U.E.B. Santa Clara comentou que está gostando de participar da formação. “O projeto nos mostra uma nova concepção para entender que é possível se ter paz na medida que ela é construída por nós. O que está sendo mais legal é aprender, primeiramente, a ter paz dentro da gente para que possamos transmitir para os outros e assim haja um bom convívio na escola”. Já Emanuele Costa Cruz, 12 anos, comentou que está orgulhosa por ser uma operária da paz que irá praticar as ferramentas do curso na propagação não só na escola, como dentro de casa.

A assistente social Elizabeth Maria de Faria Ramos, ressalta que o projeto é um aliado na busca de aprimorar o processo educacional. “O Operários da Paz vem trazer mais esperança e contribuir para criar uma ambiência melhor para ensinar e aprender. A formação usa ferramentas diversas que ajudam na construção de clima de paz. Esses instrumentos ajudam a ter um relacionamento e ambiência melhor, para trabalhar situações diversas que vão desde conteúdos de sala de aula, preparação de eventos, culminância de processos educativos, como também para resolver conflitos”, disse.

Elizabeth completa que se forem trabalhados só os aspectos de responsabilização e de reparação de dano quando há um conflito, o processo estará incompleto. “O grande movimento tem que ser feito no campo preventivo, temos que criar clima para convivermos de forma saudável com os conflitos, afinal ter conflitos é algo natural. Onde existem pessoas, existe conflito e, se os nossos estudantes aprenderem a lidar de forma saudável com isso, o aprendizado não será só para a escola, mas para vida”, pontuou Elizabeth.

NA ESCOLA

O gestor da U.E.B. Santa Clara, Jadilson Gomes, explicou que a formação do projeto Cultura de Paz, veio para acrescentar às ações que já fazem parte do calendário de atividades realizadas na escola a exemplo do projeto Valores: Atitudes que Transformam, realizado na escola. “A educação, tanto no plano individual quanto no social, consiste em um processo de transformações sistemáticas e conscientes que se faz de forma planejada e organizada. Com isso, o projeto Valores busca reconhecer a relevância de uma educação baseada em princípios para a formação de agentes moralmente atuantes e transformadores do meio em que vivem suas relações sociais.

A proposta do projeto é o desenvolvimento de ações que desencadeiam novas perspectivas de aprendizagem, em que o estudante aprenda a valorizar e a valorizar-se, tomando conhecimento da importância de se viver em harmonia, mediante a prática de valores humanos para o alcance de uma conduta disciplinar aceita moral e socialmente”.

O garoto, Anthony Juan Rodrigues Dutra, 11 anos, acredita que com o bom diálogo e respeito conquista-se uma vida tranquila e sem conflitos. Para Stephanny Cristina Machado Sousa, 11 anos, estudante do 6º ano, é possível mudar o mundo através da união das pessoas. “Esse mundo que vivemos precisa muito de paz e participando do projeto vemos que atitudes simples podem trazer um bom convívio entre as pessoas. Estou me dedicando para conseguir levar a paz para todos meus amigos começando aqui na escola”.

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