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Quem vai substituir o Papa Francisco? Após morte do pontífice, conheça os principais cotados para a liderança da Igreja Católica

Com líderes religiosos de diversos lugares do mundo e ideologias distintas, o Conclave nomeará o próximo Papa em alguns dias. Conheça os principais cotados!

A morte de Papa Francisco nesta segunda-feira (21), feriado de Tiradentes no Brasil, já acende questionamentos sobre o futuro da Igreja Católica. Dado o período de luto com o velório e sepultamento do pontífice, em cerca de 15 a 20 dias o Vaticano começa o Conclave, uma cerimônia para definir o novo líder mundial.

Até que este período aconteça, a Igreja Católica fica sob a liderança do Colégio dos Cardeais, que não tem autonomia para fazer alterações como um Papa. Desta vez, o Conclave contará com 135 cardeais, que têm necessariamente menos de 80 anos. Entre os membros do Colégio estão sete brasileiros.

Com líderes religiosos de diversos lugares do mundo e ideologias distintas, o Conclave nomeará o próximo Papa em alguns dias. Conheça os principais cotados!

Então, eles votam entre si para definir o novo Papa da Igreja Católica. Embora os brasileiros estejam presentes, há alguns cotados para assumir a maior posição religiosa do mundo, vindos de partes distintas do mundo, de acordo com um levantamento feito pelo g1. Conheça-os e veja fotos de todos na galeria!

Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson
Nascido em uma pequena cidade de Gana, país da África, Peter Kodwo Appiah Turkson é um dos principais cotados para assumir o cargo de Papa. Atualmente com 76 anos, ele é funcionário do Vaticano e pode fazer história se foi eleito o primeiro Papa da África Subsaariana.

Apesar de dividir opiniões sobre sua posição conservadora, ao contrário do que pregava Francisco, Peter se destacou pela posição de proximidade com Papas antigos, como João Paulo II, que o nomeou arcebispo de Cape Coast, e do Papa Bento XVI, que o deu o cargo de chefe do Pontifício Conselho Justiça e Paz, responsável por promover os direitos humanos e paz mundial.

Arcebispo Jean-Marc Aveline
Nascido na Argélia em uma família de imigrantes espanhóis, o Arcebispo Jean-Marc Aveline viveu a maior parte de sua visa em Marselha, na França. Ele tem 66 anos e é conhecido como João XXIV, dada sua semelhança com o papa João XXIII, que morreu em 1963.

Já com uma maior proximidade ideológica com Francisco, em especial às políticas de imigração e relação com muçulmanos, Jean-Marc se tornou bispo em 2013, arcebispo em 2019 e cardeal em 2022. Se assumir, ele se tornará o primeiro Papa francês desde o século XIV, além de se tornar o líder mais jovem da Igreja Católica desde João Paulo II.

Arcebispo Juan Jose Omella
Já com 79 anos, o Arcebispo Juan Jose Omella nasceu em 1946 na vila de Cretas, na Espanha, e é mais um dos candidatos à liderança da Igreja Católica que olha pela pobreza mundial, assim como o falecido Francisco. Juan Jose é conhecido por sua natureza bem-humorada, apesar de ser modesto.

O Arcebispo de Barcelona trabalhou desde 1999 a 2015 em colaboração com a instituição espanhola Manos Unidas, que combate a fome, pobreza e doenças em países em desenvolvimento. Em 2016, ele ganhou do próprio Francisco um barrete cardinalício vermelho, que simboliza as tendências progressistas da Igreja.

Cardeal Luis Antonio Gokim Tagle
Outro jovem cardeal que pode assumir a Igreja Católica, Luis Antonio Gokim Tagle tem 67 anos e vem das Filipinas. Devido à sua proximidade com as ideologias do Papa Francisco, ele é conhecido por muitos como o ‘Francisco Asiático’. Se eleito, será o primeiro pontífice da Ásia.

Ele foi nomeado Cardeal em 2012 pelo Papa Bento XVI. Na liderança de Francisco, Luis Antonio foi transferido para Manila, na Itália, onde ganhou destaque ao ocupar o cargo de chefe do Braço Missionário da Igreja, conhecido como Dicastério para a Evangelização.

Cardeal Peter Erdo
Considerado um dos candidatos mais conservadores do Colégio dos Cardeais, o Cardeal Peter Erdo é da Hungria e tem 72 anos. No último Conclave que nomeou Francisco em 2013, ele já era um candidato principal, e agora retorna, aos 72 anos, no centro dos holofotes para a liderança da Igreja Católica.

Pioneiro no movimento da Nova Evangelização, que busca reacender a fé católica nas nações secularizadas, o Cardeal já se opôs a um pedido do Papa Francisco para que as igrejas acolhessem refugiados em 2015. Na época, Peter disse que isso “equivaleria a tráfico de pessoas”.

Cardeal desde 2003, quando completou 51 anos, ele foi o membro mais jovem do Colégio dos Cardeais até o ano de 2010.

Arcebispo Matteo Maria Zuppi
Conhecido como ‘Bergoglio italiano’, uma referência ao nome de batismo do Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, o Arcebispo Matteo Maria Zuppi, de 69 anos, tem muita proximidade com o que era pregado por Francisco e pode ser o primeiro Papa italiano desde 1978.

Nomeado Arcebispo em 2015, ele é chamado de “padre de rua” por concentrar seus discursos nos imigrantes e pobres e até usar uma bicicleta como meio de transporte, ao invés do carro oficial oferecido pela Igreja.

Cardeal Mario Grech
Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, posição que foi nomeada pelo próprio Papa Francisco, o Cardeal Mario Grech nasceu na ilha de Gozo, localizada em Malta, e tem 68 anos. Ele foi o porta-voz das mudanças de Francisco na Igreja Católica por muitos anos, embora tivesse sido visto como conservador por um bom tempo.

Em 2014, o Cardeal fez um discurso no Vaticano pedindo para que a Igreja fosse mais receptiva com a comunidade LGBTQIAPN+, o que rendeu um ‘tapinha nas costas’ de Francisco, que compartilhava da mesma ideologia.

Cardeal Pietro Parolin
Mais um italiano candidato a ser o novo Papa, o Cardeal Pietro Parolin tem 70 anos e pode ser considerado o ‘favorito’ para assumir o cargo. Ele é secretário de Estado do Papa desde 2013, cargo em que membros são considerados como “vice-papas”, por serem a posição de maior relevância na Igreja Católica depois do pontífice.

Com feitos importantes na igreja, ele foi o vice-ministro das Relações Exteriores do Papa Bento XVI, também sendo o nomeado o embaixador do Vaticano na Venezuela em 2009. Pietro já criticou a legalização do casamento homoafetivo dizendo se tratar de uma “derrota para a humanidade”.

Priscila Petrus

Jornalista, Pós Graduada em Políticas Públicas, Tráfego Pago.

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